27 de janeiro de 2014

Onde servem chá: The Gourmet Tea - São Paulo

Seguindo os posts atrasados sobre as casas de chá de São Paulo, no The Gourmet Tea minha experiência foi um pouco confusa. Primeiro porque os atendentes aparentemente não sabiam o número da minha mesa (e isso acarretou desencontros, com pedidos de outra pessoa vindo para mim e coisas que eu pedi não aparecendo na conta), segundo porque o primeiro chá que eu pedi veio errado – o que é bastante grave para uma casa de chá:  pedi um oolong (China Quilan) e me trouxeram uma infusão de rooibos. Eu percebi na hora porque conhecia e pedi para trocar, mas quem não conhecesse e tomasse poderia ter sido prejudicado.

Na carta de chás havia 33 opções, e eles vêm para serem preparados na mesa pelo cliente - e aí está o maior charme do local: a água, as folhas, um infusor desses aí da foto e um cronômetro, que já está configurado com o tempo indicado para o seu chá. Quando o cronômetro zera você só precisa posicioná-lo sobre o copo e o chá é coado e está pronto para tomar.

A porção é individual (não é um bule), servida em copos transparentes de parede dupla da Bodum. Pedi um outro chá, o White Passion (chá branco com especiarias), que veio certo, e comi também uma boa empada (mas gordurosa) e uma salada de frutas (servida em uma tigela de sopa, como se fosse uma sopa mesmo, com bastante caldo e pouca fruta). Apesar da atrapalhação com o número da mesa o atendimento foi bom, atencioso e simpático.

Os chás da marca ficam em exposição nas suas latinhas coloridas (não são latas, na verdade, são de papelão) e você pode comprar qualquer sabor facilmente. Eu comprei o China Jasmine Tea, sobre o qual espero escrever aqui se o blog sobreviver às intempéries.





The Gourmet Tea
Rua Mateus Grou, 89 - Pinheiros, São Paulo
http://www.thegourmettea.com.br



26 de janeiro de 2014

Onde servem chá: Bistrô Ó-Chá - São Paulo (2013)

Pois fiquei tanto tempo sem escrever que perdeu a continuidade e a lógica dos posts “onde tomar chá em São Paulo”. Ficaram meio perdidas no tempo as visitas às casas de chá, então vou fazer resumidamente os textos a partir de agora, assim me livro deste carma e sigo em frente com o blog (ou não). Levando em consideração que as visitas aconteceram em maio de 2013, vamos começar...



Já havia falado sobre a Tea Connection, que foi uma experiência positiva, então vou começar por outra das mais positivas, o Bistrô Ó-Chá. Fui lá almoçar, e pedi um ótimo frango ao molho de frutas secas e cacau com arroz de cenoura. Depois pedi um chá, que a gente escolhe de uma carta de chás variada e bonita. Pedi o Pérola do oriente, que tem notas de maracujá. O chá já vem preparado, em um bule de barro. A xícara tem formato de flor, e, apesar de parecer estranho, é uma forma boa para beber. O bule tem a problemática de vir com chá demais para quem está sozinho (3 xícaras), o que fez me empanturrar com o primeiro chá e acabei não pedindo o segundo. De acordo com minhas anotações, a última xícara deixava um aftertaste amargo na boca (provavelmente algum resíduo das folhas ficou no fundo do  bule). 

O ambiente do bistrô é muito bonito, com decoração descolada e aconchegante, aparentando despreocupação e desarrumação (mas uma desarrumação arrumada, que é a melhor). Atendimento simpático e eficiente, música suave tocando.

  

Bistrô Ó-Chá
Rua Aspicuelta, 258 (tem novo endereço: agora no número 194) - Vila Madalena - São Paulo
https://pt-br.facebook.com/pages/Bistrô-Ó-Chá/249557331738343



27 de maio de 2013

Onde servem chá: Tea Connection - São Paulo (2013)

Começando aqui os textos sobre casas de chá de São Paulo, para onde eu fui na outra semana. Acho que só ouvi falar na Tea Connection quando comecei a preparar o roteiro de visitação. Foi a primeira casa de chá que visitei na viagem  - e isso acabou me prejudicando um pouco, como explicarei depois.

A Tea Connection fica no bairro Jardim Paulista, próximo à rua Augusta e à Oscar Freire, uma charmosa região nobre da cidade que eu já conhecia e para a qual sempre é um prazer voltar. A loja é grande, bem iluminada e com um ambiente muito calmo (pelo menos quando lá estive, numa sexta-feira por volta das 11h).


O cardápio contempla opções de chás (não muitas, mas bastante instigantes), alguns tipos de salgados, doces e opções de almoço e outras bebidas. Pedi um Kiwi Moon inicialmente, que consiste em chá verde japonês sencha, chá branco e pedacinhos de kiwi. Daí eles trazem um bule com água quente (notem que o bule é envolto num "agasalho" clorido, que deve ser para manter a temperatura por mais tempo), uma ampulheta e um infusor com as folhas do chá. O infusor a gente coloca, então dentro do bule e aguarda o tempo recomendado (neste caso, dois minutos).


Aqui me deparo com a problemática de fazer o chá na mesa. Apesar de muito mais lúdico e interessante, e possibilitando um maior controle por parte de quem vai tomar, o fato de você colocar o infusor com as folhas num bule onde a água já está acaba resultando em que nem todas as folhas vão ser infusas, algumas vão ficar boiando, sem contato com a água, ou com contato desigual com as outras que ficaram embaixo e foram ao fundo.

Talvez por conta disso - ou porque tinha pouca quantidade de chá para o montante de água, ou porque é assim mesmo -, o chá era suave demais. O próximo que pedi também sofreu (provavelmente mais) com esta fatalidade, ficando, digamos, 15% dele sem ser apropriadamente infuso.

Esse segundo, o Arabis, consiste em oolong, pétalas de calêndula, pétalas de rosas amarelas e aroma de limões do mediterrâneo. Como o outro, muito agradável, porém suave demais também. Isso acabou me dando uma sensação de chás blasé que me desestimulou a comprar uma (ou duas) latinhas para trazer para casa, afinal eu gosto de sabores mais profundos e intensos e esses me lembravam chás para senhoras no meio da tarde.


Também aqui me deparei com outra problemática, que me acompanharia na maioria das casas de chá que visitei por lá: eles te trazem UM BULE de chá, não uma xícara. Assim, você tem que tomar de TRÊS A QUATRO XÍCARAS para acabar com tudo, ou viver com a consciência pesada por ter desperdiçado um bom chá importado desde o outro lado do mundo. Além de ficar com a bexiga cheia, você realmente fica tonto por causa da cafeína.

Recomendo, pois, comer algo junto com seu chá (os efeitos da cafeína se acalmam, pelo menos você não fica tremendo). Lá eu pedi um ótimo muffin de cogumelos com queijo gruyère e espinafre, bem fofo e de sabor proeminente.

Outra problemática com o sistema por eles adotado: a água fica em contato com as folhas, no infusor, mesmo depois de servir a primeira xícara. Deve ser porque eles pensam que ninguém vai ir lá tomar um bule de chá sozinho - mas, sim, algumas pessoas vão. Assim, a infusão vai se prolongando e o chá acaba ficando mais amargo nas próximas xícaras.


Apesar dos pesares, das cinco casas de chá que visitei, foi uma das duas que eu mais gostei de visitar em São Paulo (junto com o Bistrô Ó-Chá, ficou no topo da lista), por causa dos chás interessantes, da boa variedade de comida, do ambiente agradável e do bom atendimento. Aliás, eles disponibilizam wi-fi aberta e algumas tomadas nas mesas perto da parede (ótimo para recarregar o celular).

Como disse no início, ter ido lá logo no primeiro dia me prejudicou um pouco porque acabei me desapontando com as casas de chá mais conhecidas e com os chás que acabei comprando, daí me arrependi por não ter comprado os chás deles. Mas já era tarde, não consegui voltar lá nos outros dias e fiquei sem o chá verde com kiwi, que faria um grande sucesso aqui em casa.


Prolongando um pouco o assunto, no cardápio eles dividem os chás por cores, o que está corretíssimo, só que eles fazem uma misturança quando nomeiam "chá vermelho": sob este título colocam os oolongs, que não têm nada com isso, misturados com uma opção de pu-erh, que é o que geralmente tem se chamado de vermelho por aqui, como já falei no texto "O que é chá vermelho (ou não)". Informações erradas que vão formando equivocadamente as ideias das pessoas que se interessem em aprofundar um pouco o assunto (se bem que, realmente, cardápio não é lugar para se aprofundar, mas espera-se que uma casa de chá saiba bem o que é o que).

Tea Connection
Onde: Alameda Lorena, 1271 - Jardim Paulista - São Paulo
http://www.teaconnection.com.br


23 de maio de 2013

Blog fez aniversário e eu esqueci

O blog fez seu primeiro aniversáriono final do mês passado e eu até tinha esquecido de comentar isso aqui. Apesar de eu estar conseguindo atualizar com pouca freqüência, não deixei ele morrer ao longo dos meses e isso sempre é bom. Com o blog aprendi um mundo de coisas que eu não sabia - e espero continuar aprendeno e provando os sabores de novos (e velhos também) chás.

Para comemorar este ano fiz uma página no Facebook, onde vou postar as atualizações daqui e mais algum material que não se encaixe nos parâmetros para ser um post de blog (já que a página do Google+ não rendeu). Clique aqui para curtir, ou curta ali do lado.

Também fui a São Paulo semana passada, com o principal objetivo de visitar alguns lugares que servem chá por lá, e em bereve falarei deles aqui, numa série de textos que vai se misturar aos textos sobre os lugares que servem chá em Porto Alegre, já iniciados com o post anterior.

Espero que este próximo ano também seja bastante produtivo, apesar do pouco tempo que tem me restado para dedicar ao blog.

Rua Galvão Bueno, bairro da Liberdade, em São Paulo.

15 de maio de 2013

Onde servem chá: Clarita - Porto Alegre

Começando uma série de textos que tratam dos lugares para tomar um bom chá em Porto Alegre. A Clarita foi o primeiro lugar que eu visitei aqui que abençoadamente não serve chá de saquinho, mas sim os chás e infusões da The Gourmet Tea, que, embora não sejam os melhores do mercado, são infinitamente superiores a qualquer produto em saquinho nacional.


Funciona assim: a gente pede para o garçom a carta de chás e ele traz uns cartõezinhos com os sabores disponíveis, cada um explicando genericamente o que o chá (ou a infusão) é. Antigamente havia mais sabores disponíveis, neste fim de semana, quando eu fui lá, só havia quatro e nenhum me agradava, então nem pedi (estão talvez deixado de servir chá, o que seria uma pena).

Depois de feito o pedido, em alguns minutos nos trazem a xícara com o chá já preparado, tampada com um pires. As xícaras são largas, de porcelana fina, muito agradáveis de tomar.

China Jasmine tea

Já cheguei a tomar lá o "White bergamot", uma versão de earl grey tendo como base chá branco; também tomei o "Five elements balancing", que tem oolong como base e acabou sendo meu preferido, só que desapareceu da carta de chás antes de eu poder voltar e pedir novamente.

Das vezes que me serviram esses, as infusões vieram talvez um pouco fortes, mas ainda muito agradáveis e - o que mais me agradou - não estavam muito quentes, o que não sei se se deve ao controle de temperatura correto para cada chá, ou ao fato de fazerem com água não fervente indiscriminadamente para todos os chás - o que prejudicaria os que pedem água fervente.

Sanduíche Ibérico
Mais recentemente pedi um "China jasmine tea", que, pelo que diz a marca, tem jasmim como único ingrediente, apesar de não estar claro no que a marca divulga, é chá verde aromatizado com jasmim. Ok, parecia interessante, mas, como sabemos, qualquer bom chá pode ser estragado com o preparo errado e deve ter sido o que aconteceu. Esqueceram de trazer o pedido da minha mesa, só nos trouxeram quando lembramos o garçom, mais de 15 minutos depois, e pelo jeito que a bebida veio, acredito que todo este tempo o jasmim  chá estava em infusão: estava forte e amargo muito além do razoável; acabei deixando metade na xícara. (Chá, qualquer um que seja chá de verdade, da Camellia sinensis, tem taninos que vão amargando a bebida conforme vai ficando em infusão).

Fica  dica: se esquecerem sua infusão na água quente, peça outra. Chá não é para ser amargo e desagradável.

Chai latte
Também provei o Chai Latte deles, que é identificado como chá indiano com leite e especiarias. Não faço ideia dos ingredientes, mas é bastante agradável: cremoso, com presença marcante do leite e sabores sutis de canela e otras cositas más. Como nunca tomei outro chai, não sei se no mundo dos chais ele é bom, mas eu gostei bastante.

O ambiente lá é agradável, com boas opções de sanduíches, lanches e doces, além de ser também uma boulangerie (recomendo o pão australiano).


Para comprar chá há algumas opções da marca Dhilmah, que eu nem conhecia e parece ser promissora, importados do Sri Lanka (o antigo Ceilão, famoso por seus chás pretos) - ainda não comprei. Não estão vendendo mais as latinhas da The Gourmet Tea.

Clarita - Pães e delícias do mundo 
Onde: Rua Gen. João Telles, 237 - Porto Alegre - RS
www.claritadelicias.com.br



10 de maio de 2013

O maior "saquinho" de chá do mundo

A companhia australiana Planet Organic parece que criou o maior saquinho (ou sacão, no caso) de chá do mundo. Com 151kg, a monstruosidade é capaz, dizem, de preparar 100.000 xícaras de chá verde (o recorde anterior era de um sachê de 120kg, de uma empresa da Inglaterra).

O objetivo é arrecadar fundos para uma campanha de prevenção ao câncer. Como farão isso, não sei. Também não se sabe como eles prepararão, já que ainda não encontraram uma xícara tão grande.








14 de abril de 2013

Perpétua roxa e calêndula: infusões diferentes


Daí, em um dia vagando pelo Ebay, me deparei com alguém vendendo flores secas para fazer infusão. Logo pensei que seria uma boa ideia experimentar novos sabores e cores e comprei dois pacotes. Isso foi há uns 10 meses, e os pacotes continuam aqui bem cheios.

As flores compradas foram a Gromphrena Globosa e a Potmarigold Calendula (Calendula officinalis) que, em bom português, seriam a perpétua roxa e a calêndula, flores muito bonitas e que resultam em infusões de cores fortes e altamente decorativas - mas nada palatáveis.


Se forem procurar na internet os benefícios das infusões dessas flores, vão encontrar coisas incríveis - assim como em todas as outras plantas e flores, se fala em muitos benefícios reunidos em apenas uma xícara de infusão. 

Tirando essa parte de benefícios, que não é o foco aqui do blog, o fator sabor é um terror: enjoativo, adstringente, com gosto de flor (há!). Uns meses depois, quando comprei um pacote de pólen para provar (porque, segundo vi no Globo Repórter, pólen agrega muitos benefícios), identifiquei o gosto dele com o dessas infusões - e, assim, o pólen também continua ali ainda hoje, ignorado, porque não consegui adicioná-lo à rotina alimentar por ter esse gosto ruim de flor.


Então, se você procura algo com muitos benefícios saudáveis para seu corpo, recomendo procurar qualquer outra planta (afinal, parece que os benefícios maravilhosos estão em todas), inclusive chás de verdade, aqueles que vêm da Camellia Sinensis (dos bons de que eu falo aqui, que realmente têm nutrientes, não porcarias). 

Para verificar alguns chás que já foram postados aqui no blog, procure nas palavras-chave ("marcadores") à direita, no histórico ou faça uma busca. E fuja da perpétua roxa!


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