24 de setembro de 2015

Provando chás da Infusorina

Coisa boa é que o mundo dos chás está se expandindo no Brasil. Temos novas casas, novos produtos, novas marcas e muito conhecimento sendo compartilhado. Uma dessas novas marcas é a Infusorina (www.infusorina.com.br), comandada pela sommelière Renata Acácia há cerca de um ano. Ela tem instigantes blends próprios; dois desses blends eu provei e falo agora deles:


Bem-me-quer - Minha inicial admiração aqui vai para o ótimo chá preto nacional que compõe a base do blend: é o Shimada, produzido na cidade de Registro, em São Paulo. É um chá macio, redondo, com bom corpo, muito gostoso de tomar. Junta-se a ele rosa mosqueta, amaranto e hibisco. Tive um pouco de dificuldade inicial de sentir o sabor dos outros ingredientes, só consegui quando fiz com água em temperatura mais alta do que a recomendada (recomenda 80°C, fiz com 90°C), daí principalmente a rosa aparece no paladar, o que deixa ele ainda melhor - mas isso também vai depender da quantidade de pétalas que você pegar pra fazer a infusão.




Amaranto - Aqui temos um chá verde como base, juntando jasmim, amaranto, lavanda e maçã. Geralmente tenho algumas ressalvas a chá verde com jasmim, mas este compõe muito bem com os outros ingredientes, especialmente a lavanda, que dá uma profundidade super interessante ao sabor, além de um aroma convidativo. É bacana poder tirar o chá do pacote e olhar para ele, para ver todos as flores e outros elementos envolvidos no blend.

Só senti falta nas embalagens da descrição de todos os ingredientes dos blends. No Bem-me-quer falta dizer que tem hibisco, e no Amaranto falta dizer que tem maçã. A propósito, as embalagens são muito bonitas:


Fiz algumas perguntas à Renata para escrever o post e acho que as duas últimas respostas dela são importantes estarem aqui por inteiro:

Qual está sendo o maior desafio de trabalhar com chá no Brasil?
Materia prima necessária. Sinto muita dificuldade de encontrar flores, especiarias, chás de folha inteira (naturalmente, afinal, não são produzidos aqui). Ainda mais nesse momento em que o dolar não ajuda. Mesmo que eu use toda a experiencia e, por que não, contatos no comércio internacional, a dificuldade a nível Brasil é ainda muito grande.
Imaginei que a falta de "cultura" do chá fosse um empecilho, mas percebo a cada dia que as pessoas estão muito abertas ao novo e ao que faz bem.

E qual a maior satisfação de trabalhar com chá no Brasil?
Eu tenho alguns amores e, o Brasil é um deles. Morei em quatro estados e sou completamente apaixonada por pessoas. Gosto dessa troca de informações e compartilhamento e me sinto muito realizada em estar com a Infusorina em um momento diferente do nosso país, momento da geração de valor, de mudanças políticas, de mudanças de valores e de negócios. O chá tem sido um boom e participar disso ativamente é gratificante, receber mensagens, ligações e depoimentos passam muita força e determinação. Então, consigo resumir que: desenvolver juntamente a todos que apreciam a cultura do chá, e difundir a mesma aqui, no nosso país é gratificante por si só. 

Os chás são vendidos pelo site, onde também é possível comprar os chás brasileiros Amaya (que já foram tema de um post, com seu chá preto) e o Shimada: www.infusorina.com.br


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