27 de dezembro de 2012

Resultado da promoção Chato dos Chás + Chá Yê

Sorteio realizado, o número sorteado foi o 12, que correspondia à participante Valeria Noronha Melchiors, de Belo Horizonte. Parabéns, Valéria, vou entrar em contato por e-mail para pegar seu endereço e em breve você estará recebendo na sua casa o bule e a amostra de Lapsang Souchong enviados pela Chá Yê. Aproveitei!

Segue abaixo um printscreen mostrando parcialmentye a numeração dos participantes. Lembrando que o sorteio foi realizado pela Chá Yê, que não teve acesso à lista de nomes.




20 de dezembro de 2012

Promoção: ganhe um bule artesanal e um chá especial



Então, se esta é uma época de dar presentes, aqui estamos nós. O blog, em parceria com a Chá Yê, vai fazer o sorteio de um bule de chá em vidro transparente, fabricado artesanalmente na China, juntamente com uma amostra de um chá sensacional. O chá escolhido por mim foi o Lapsang Souchong, um dos mais marcantes chás que já experimentei, com sabor defumado inconfundível.

Segundo está publicado no site da Chá Yê, "nosso Lapsang Souchong é produzido segundo as tradicionais técnicas utilizadas há centenas de anos. Suas folhas secas possuem um aroma defumado que preenche o ambiente e que torna-se suave após a infusão. O corpo do chá é forte com sabores complexos." É um dos meus chás pretos preferidos.


Já o bule, "é um bule de vidro feito à mão por hábeis artesãos no leste da China. Possui um infusor de aço inoxidável, além de um arame em espiral preso a seu bico que também serve como filtro. Com um tamanho de 400ml, é um utensílio perfeito para sessões de chá com amigos!". Fazer chá em bule de vidro é uma beleza, pode usar o infusor ou deixar as folhas soltas dentro do bule e coar na hora de servir (se as folhas forem grandes, nem precisa coar, é só usar o filtro que vem incluído no bule) ou, se você é adepto também de chá em saquinho, pode deixar 2 ou 3 saquinhos em infusão dentro do bule (o tamanho é ideal para 2 xícaras).

Vamos lá: para concorrer você vai precisar preencher o formulário abaixo, com seu nome, e-mail e cidade, além de responder corretamente a pergunta: Qual o mestre de chá que produz o Lapsang Souchong? A resposta você pode consultar na página do chá, clicando aqui. Veja após o formulários mais informações do regulamento.


Promoção encerrada


- Cada participante receberá um número, conforme a ordem de participação. Após o encerramento o número escolhido será sorteado pela equipe da Chá Yê (que não terá conhecimento dos nomes dos participantes) pelo sistema random.org.
- A promoção é válida de hoje, 20 de dezembro, até a meia-noite do dia 25 de dezembro de 2012, e o sorteio do prêmio ocorrerá no dia 26 de dezembro (a divulgação do ganhador talvez só venha a ser feita no dia 27).
- O prêmio só é válido para envio em território nacional. O ganhador será avisado por email e deverá nos responder com seu endereço em até sete dias.

Aproveite e curta a página do Chá Yê no Facebook, sempre uma fonte de informações sobre o mundo dos chás chineses.



14 de dezembro de 2012

Receita: Bolo de chocolate perfeito

Sempre quis fazer uma receita de bolo de chocolate que resultasse em sabor mesmo de chocolate. Mas é complicado, você sabe. Mas eis que por acaso, no Folha do Chá, a Márcia publica uma receita de brownie que leva chocolate derretido na massa. Isso eu nunca havia experimentado (não sei por quê, já que parece tão óbvio...) e tentei adaptar a receita para um bolo. Pois eis que deu certo. Mais que certo: ficou um bolo de chocolate perfeito. Tem o sabor do chocolate, é macio, desmancha na boca, fica úmido e escurinho.

Não consegui harmonizar com nenhum chá, porque é só começar a provar que minha mente pede uma xícara de leite gelado.


Bolo de chocolate perfeito

100g de chocolate amargo derretido
100g de margarina sem sal
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
3 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 colher (chá) de fermento químico em pó
2 ovos
1/4 de xícara (chá) de leite

Derreter o chocolate (em banho-maria ou no microondas) e misturar a margarina nele, até ela amolecer (não é para derretê-la). Juntar aos ingredientes secos já misturados, acrescentar os ovos e ir mexendo de leve até incorporar, juntando mais para o final do processo o leite. Depois é só colocar em uma fôrma e levar ao forno por uns 35 minutos.



* Já fiz algumas vezes a receita, sempre usando chocolate amargo da marca Arcor. É um chocolate muito decente pelo preço, 53% de cacau (dizem) e sem gordura vegetal.

* Uso fôrma redonda de 24cm de diâmetro. Assim fica um bolo não muito alto, bom para cortar em quadrados. Se for uma fôrma menor, ele vai ficar mais alto e talvez se despedace quando cortado.

* Tentei fazer uma vez com framboesas e acho que atrapalhou um pouco. Para acrescentar framboesas talvez eu devesse colocar um pouco mais de açúcar: as que eu usei estavam um tanto quanto ácidas e interferiram muito no chocolate; mas rendeu fotos com as framboesas bonitas.




10 de dezembro de 2012

Provando infusões: ervas e especiarias Dr. Oetker


Depois de experimentar algumas infusões com frutas agora chega a hora dessas infusões de ervas e outras coisas mais da Dr. Oetker. O melhor delas é que pode-se tomar sem açúcar - não se valem de nenhum ingrediente de mau sabor para dar cor e consistência.


Melissa e flor de laranjeira - a melissa se destaca e um sabor laranjal suave fica bastante tempo na boca. Não é o tipo que eu prefiro mas é interessante pra quem gosta de infusão de ervas de sabor um pouco mais complexo. Ingredientes: melissa, capim-cidreira, chá preto, laranja-doce e aromatizante. Nota: 3,5/6

Menta e chocolate - a menta é bem balanceada, não toma todo o sabor pra si, deixando espaço para algo que de longe lembra chocolate - mas mesmo não sendo exatamente chocolatício é equilibrado e combina bem. Ingredientes: menta, mate tostado, beterraba e aromatizante. Nota: 4,5/6

Quentão - Erva-doce e especiarias - uma combinação interessante de ingredientes, mais encorpada do que normalmente são as infusões em saquinho. O aroma remete à noz-moscada, e no sabor temos principalmente canela e erva-doce e podemos sentir um toque de todos os ingredientes principais, cada um com seu espaço - o que foi uma boa surpresa. Ingredientes: erva-doce, canela-do-ceilão, erva-doce nacional, gengibre, cravo-da-índia e noz moscada. Nota: 4,5/6

Olhando estes ingredientes fui pesquisar e aprendi que há dois tipos do que chamam erva-doce: um que na verdade é anis, e a erva-doce (nacional) que é funcho.

Interessante notar que os dois primeiros têm cafeína (do chá preto e do mate, respectivamente) e o terceiro (Quentão) é o único deles que não tem aromatizante.

Onde comprar: encontra-se estas infusões em supermercados (nos grandes, principalmente). Pelo que eu vi, custam entre R$ 7,00 e R$ 8,00 cada caixinha com 15 saquinhos.

Gosto de ver o que há dentro dos sachês para ver como é o que eu estou tomando e eis aqui uma imagem de cada uma mostrando seu interior:

Infusão Melissa e flor de laranjeira
Infusão Menta e chocolate
Infusão Erva-doce e especiarias (Quentão)

As notas levam em consideração experiências com produtos em sachês, não tendo o mesmo valor de notas dadas para amostras de chás de folha solta (o que é outra coisa).

Os produtos provados foram enviados pela empresa Dr. Oetker.


4 de dezembro de 2012

Oolong em sachê Butterfly

O chá chinês mais fácil de encontrar aqui em Porto Alegre é este oolong em saquinho, da marca Fujian Tea (selo Butterfly); ele está em várias casas de produtos orientais e lojas de importados. Pois comprei não dando muita bola pra ele, lá no Armazém dos Importados, e acabei achando muito satisfatório.

Primeiro oolong em sachê que eu provo (não sabe o que é oolong? aprenda aqui) e não me desapontei: tem aroma e sabor que lembram oolong, sim, com notas tostadas bem pronunciadas, me recorda o Rou gui, embora seja bem mais simples.

Acho bom de preparar com água entre 85° e 90° C, deixando entre dois minutos e meio e três minutos. Assim ele fica com sabor bem presente, como eu gosto - e com retrogosto longo e de leve amargor, que não é desagradável. Ele se parece com café; não sei o teor de cafeína, mas o corpo e a cor da infusão pronta lembram café passado.


Algo estranho acontecia às vezes quando eu tomava este chá: meus lábios ficavam com um discreto formigamento. Não sei o que acontece. Da primeira vez que bebi uma parte da pele do meu lábio superior descolou até. Achei que era por causa da temperatura alta, e pode até ser, mas isso não explica o formigamento intenso naquele dia (parecia que minha boca ia inchar e cair no chão). Nas outras vezes o formigamento diminuiu, e agora já não aparece mais. Pensei em alergia, mas a composição é só chá, não teria porque este me dar alergia e os outros não, acredito. De qualquer forma, tenho evitado tomar mais de uma xícara no mesmo dia.

A caixa dele custou R$ 4,90, com 20 sachês de 2g cada.


23 de novembro de 2012

Tomando chá: Matiana / Talchá

Comprei este chá com nome estranho, Matiana, porque nunca havia experimentado essa combinação: chá verde e maçã. Pareceu interessante - e é. O aroma e o sabor têm muito da maçã, é bom para quem está começando a tomar chá e não quer ir tomando os chás puros. De corpo leve, lembra bala de maçã verde, é doce e agradável.


O chá verde vem do Nepal vem da China (a informação estava/está errada no site, o que leva-se a desconfiar das outras informações também), cultivado, segundo a Talchá, "em altitudes de aproximadamente 2.000 metros e contém altos níveis de antioxidantes"; no entanto, como é leve e discreto, no sabor ele tem pouca participação, aparecendo mais no curto retrogosto. Isso quer dizer basicamente que: o blend tem quase que somente gosto de maçã, o que é ponto positivo para alguns e negativo para outros. Para quem gosta mais do sabor próprio do chá, como eu, este não fica entre os preferidos (embora este chá puro deva ser uma beleza), mas é uma bebida com espírito alegre e combina bem com o verão.

As folhas são de um verde escuro e não são uniformes: temos algumas inteiras, algumas quebradas em pedaços grandes e muitos pedaços bem pequenos. São acompanhadas desses belos pedaços de maçã desidratada e ainda de alguns galhos (pelo menos um galho grande veio no meu pacote, além de alguns pequenos). A infusão resultante fica dessa tonalidade de verde claro e transparente.



O que: Matiana / Chá verde e maçã
De quem: Talchá / São Paulo
Para comprar: www.talcha.com.br
1ª infusão: 1 col. (chá) em 1 xícara (220ml) por 2 minutos aos 85° C, aumentando 30s para uma nova infusão.


21 de novembro de 2012

Comparando produto x embalagem: Cookies Bauducco

Não tenho comprado mais biscoitos industrializados porque, como já disse, ou são muito ruins ou são caros e nem tão bons. Mas à vezes não há como escapar, e numa dessas vezes semana passada, procurando algo no supermercado que fosse mais ou menos decente, achei que um pacote de cookies Bauduco com uma camada sabor chocolate pode ser uma boa. A julgar pela embalagem seria. Mas...

Bom, se um produto pode ser enfeitado em uma fotografia, imagine em uma ilustração. Mas realmente assim é um pouco demais. Alguns biscoitos tinham alguns pontos de chocolate visíveis, mas longe de se parecerem com o desenho da embalagem. Não posso nem dizer que o biscoito, chamado Chocco, em si é ruim, no entanto engana quem acha que vai encontrar um biscoitão cheio de gotas de chocolate Hershey's.


20 de novembro de 2012

Trabalhadores colhem chá oolong na Tailândia

No blog de fotografia da NBC News e no site da CBS News foram publicadas estas imagens da fotógrafa Paula Bronstein mostrando um pouco da colheita do chá oolong nº 17 na Tailândia. (Pois é, na Tailândia alguns oolongs são chamados por números - jeito mais simples de se nomear algo sem ter que inventar).

A colheita que aparece nas imagens aconteceu perto da cidade de Chaing Rai: "Há cerca de 40 trabalhadores da tribo Akha e 120 birmaneses que fazem 300 baht por dia de trabalho (em torno de R$ 10,00 R$ 20,00) na fazenda de chá Suwirun, que tem estado no negócio há quase 38 anos. "

Ainda segundo o texto, o chá é colhido a cada 45 dias (o que não deve ser bem assim) e cerca de 1,5 toneladas são coletadas por safra. Em ocasiões especiais, as mulheres Akha usam o seu vestido tradicional ao colher o chá (como nas primeiras fotos).


 




  






15 de novembro de 2012

Starbucks compra a Teavana

A Starbucks, que tem a marca de chás Tazo, já havia anunciado que ia diversificar e abrir algumas casas de chá, como eu já havia comentado.

O caso agora é que estão agindo mais agressivamente e compraram a Teavana, uma importante rede de casas de chá, que tem produtos ótimos e oferece mais de 100 variedades de chás nas 300 lojas (!) que possui nos Estados Unidos.

A companhia de café acertou a compra por cerca de US$ 620 milhões em dinheiro, o que não é moleza não, já que estão pagando em torno de 53% a mais no valor das ações.

O objetivo da Starbucks, óbvio, é abrir suas lojas de chá por todo o mundo...


Foto de loja Teavana (fonte: site da marca)


12 de novembro de 2012

Tomando chá: Rum / Talchá

Chá preto com sabor de rum? Pois pensei logo que eu iria gostar e encomendei da Talchá. O blend, segundo o site, é com chá preto do Ceilão (Sri Lanka), pétalas de girassol e aromas naturais.


Pois então, o aroma, quando abri a embalagem, de imediato me remeteu ao bombom de passas ao rum da Garoto (creio que não mais existe). O sabor da infusão também me remetia bastante a esse bombom, até que acabei percebendo o que é mais sutil: o sabor mesmo do rum. Não é um sabor proeminente que faça as pessoas identificarem de primeira o que é, mas está lá, deixando a lembrança de rum dourado, como o Montilla Carta Ouro, com um leve amadeirado.

E também é adocicado (muito bom não ser amargo, já que remete a bebida destilada) e bastante floral, até porque tem as pétalas de girassol; e por vezes, no aftertaste, me lembra milho verde de forma sutil, mas posso ter enlouquecido.



Preparo com água entre 95° e 98° C, por 3 minutos. Podendo fazer uma segunda infusão usando água na mesma temperatura por 4 minutos. Nesta segunda infusão com as mesmas folhas ele fica ainda mais floral, ganhando mais destaque para o girassol.

O que: Rum / Chá preto
De quem: Talchá / São Paulo
Para comprar: www.talcha.com.br
1ª infusão: 1 col. (chá) em 1 xícara (220ml) por 3 minutos aos 98° C, aumentando 1 minuto para uma nova infusão.

31 de outubro de 2012

Livro pintado com chá

Acho tão bonita essa história em quadrinhos sobre uma senhora solitária que faz parar de funcionar o próprio aquecedor para poder chamar um técnico e ter companhia para o chá - e o mais interessante é que boa parte foi desenhada exatamente com chá.

O autor é A. J. Poyiadgi e este trabalho foi para sua participação no Graphic Short Story Prize 2011. Ele conta que utilizou o chá English Breakfast, em infusão de 6 a 8 minutos, para pintar - e todo o chá que sobrava era o combustível dele para passar as noites.

Para ler, é só clicar aí nas figuras, ou entrar no site dele. Há uma versão impressa, mas não consegui encontrar algum lugar que venda online.




Teapot Therapy

E, bem, não é um livro, mas não queria chamar de, sei lá, graphic novel.


27 de outubro de 2012

Provando amostras

Há meses estou com a função de tomar os chás das amostras que a Márcia, do Folha do chá, gentilmente me enviou e acabei tendo um desencontro temporal entre fazer as fotos, provar, tomar notas e fazer o post aqui. Agora consegui juntar todas as funções e a disponibilidade necessária para isso e aí está. 

É forçoso dizer que muitos dos chás eu provei em agosto e tomei notas à mão em um caderno, e agora, quando fui copiar, acabei talvez não concordando com algumas coisas. Mas nem pude partir para o desempate, porque quase todos já acabaram. 



Baunilha - Tee Gschwendner – Não gosto muito do aroma dele, mas o sabor é bom, - apesar de não me lembrar baunilha - o chá preto fica com característica mais doce e suave, me lembra bolo (de baunilha, talvez). Nota: 3,5/6 


Blackcurrant - Harney & Sons - Chá preto com blackcurrant (cassis), neste sachê ótimo; encorpado, um tanto amargo mas bem saboroso, apesar de não ter achado que combina muito comigo. Nota: 3/6


Genmaicha – Maruko of tea – Primeira vez que provo este tradicional chá japonês que tem grãos torrados de arroz. Não sabia o que esperar e acabei achando muito bom: um sabor torrado bem agradável. Nota: 5/6 



Nutelate – Adagio – Blend criado pela própria Márcia (na Adagio dá pra fazer isso, acho uma beleza), misturando chá preto do ceilão, avelã e chocolate. A avelã tem bastante presença, fica um sabor interessante (embora eu não seja fã de avelã), macio, agradável de beber. Nota: 4/6


O’connors Cream – Tee Gschwendner - Chá preto com cacau que quer ter sabor de whisky, o que, para mim, não funcionou, deixou o chá amargo e um tanto enjoativo. Num primeiro momento me lembrou um pouco o rooibos com cacau que já provei. Nota: 2/6


Pure Assam – Kho Cha - Preto indiano, frutado, interessante, mas com pouca presença, me lembra um chá em saquinho chamado Royal Blend, que não existe mais. Nota: 3/6



Pure Darjeeling – Kho Cha - Outro indiano, as folhas são bonitas, parece ótimo, mas o corpo é leve demais, falta sabor, sendo um tanto tedioso de beber. Nota: 2/6



Rooitea Tulsi Limoeiro – Loja do chá (Porto Alegre) – Blend de vários ingredientes, dentre os quais se destacam o tulsi (um tipo de manjericão), capim-limão, cascas de limão e gengibre, além do rooibos. Não identifiquei muito o rooibos no meio, achei com sabor de limão demais, o que, para minha preferência, acabou sendo um ponto negativo (pq eu gosto mais de rooibos), mas é bom para quando se quer uma bebida mais herbal e cítrica. Nota: 3/6 


Rooitea Orange - Tee Gschwendner – Um aroma ótimo, mas não consegui me identificar com o sabor. Não é muito cítrico (o que acho bom), mas achei seco e enjoativo. Nota: 2/6 


Sonhos de Sena – Cuida Té - Acharia ótimo se fosse um bom chá preto com fundo de canela, mas a canela invade tudo, escondendo os outros ingredientes do blend (tenho problema com canela). Nota: 1,5/6 


Verde – Yamatoyama – Chá brasileiro, sabor realmente “verde”, me lembra de leve o Lung Ching, vegetal mas não amargo. Nota: 4,5/6


Os comentários aqui são só anotações rápidas para eu me lembrar do que posso querer comprar no futuro, assim como as notas representam somente minha impressão muito pessoal. Havia também duas amostras do Chá Yê, que reservei para falar em um post específico (ou não).



17 de outubro de 2012

Provando infusões de frutas Dr. Oetker

Recebi da Dr. Oetker três infusões de frutas para provar, eis aqui algumas impressões sobre elas. 

(Antes de tudo, só para esclarecer, sensação de adstringência é quando sua boca fica "repuxada" ao beber ou comer algo, como quando você morde um limão.)


Não gosto, em princípio, de algo que é para ser uma coisa e tem sabor de outra coisa, e também não gosto de ser obrigado a adoçar nada, mas, sim, concordo que essas infusões são "para adoçar" e, por isso, não sou seu público-alvo - e não as recomendo.

Maçã e canela - Aroma sensacional de - oh! - maçã e canela, faz lembrar apfelstrudel, tanto dos sachês quanto da infusão já preparada. A cor da infusão é vermelha e, embora isso não fosse o esperado - já que eu imaginava algo mais puxado para o marrom - é uma cor que lembra a casca da maçã, então ok. No entanto, o sabor da bebida não adoçada não corresponde ao aroma: adstringente e cítrica, lembra hibisco demais e tem só um fundo que traz notas de maçã cozida (não bom). No entanto, ao adoçar (o que nunca faço, mas quis experimentar) o sabor muda bastante, a adstringência cai e podemos sim perceber a maçã; uma maçã vermelha com casca, parece. Acaba sendo um tanto agradável, mas ainda com um pouco de adstringência. Ingredientes: maçã, canela-do-ceilão, hibisco, laranja-doce, camomila, rosa silvestre, chicória, aromatizante e acidulante ácido cítrico. Nota: 1,5/6

Morango silvestre - O aroma lembra bastante biscoito recheado de morango - aquilo que você sabe que não é morango de verdade, mas identifica como tal. A infusão pronta é bem adstringente, sendo tomada pelo hibisco (sempre ele!), não deixando o sabor de morango prevalecer. Ao ser adoçado, o sabor de morango ganha forma, mas fica lado a lado com a adstringência, que deixa a boca toda constrita (não é uma sensação que eu goste). Ingredientes: maçã, hibisco, laranja-doce, chicória, rosa silvestre, morango, aromatizantes. Nota: 1/6

Frutas do bosque - O aroma do sachê não me é definível, mas me lembra frutas vermelhas, ou roxas (que é o que parece se tratar, pela cor da embalagem e ingredientes). O aroma da infusão preparada já puxa para gelatina de uva - o que não é tão agradável, fica parecendo artificial demais. A cor da infusão, que esperava-se fosse arroxeada, é também avermelhada (hey, hibisco!). O sabor acaba também caindo demais para o lado do hibisco, sendo muito adstringente e levemente lembrando framboesa (ou morango). Este sabor ganha um pouco mais de destaque ao adoçar a bebida, mas continuando a ser bem adstringente, como na outra infusão. Experimentei gelado também (deixei 2 sachês em 300ml de água fria por algumas horas), e o resultado sem açúcar foi também bastante adstringente e desagradável; com açúcar me lembrou demais refresco em pó. Ingredientes: hibisco, maçã, chicória, groselha negra, rosa silvestre, mirtilo, framboesa, aromatizantes. Nota: 1/6

Cores praticamente iguais: Maçã com canela, Morango silvestre, Frutas do bosque

Pois então, eu tomo chás - ou infusões - sem nenhum tipo de adoçante; no entanto, para que esses se tornassem bebidas mais ou menos agradáveis foi necessário uma colher (ou mais) de açúcar em cada xícara - sem adoçar a adstringência era muito alta e o sabor de hibisco prevalecia completamente.

Para quem adoça sua bebida e não se incomoda de sentir um sabor adstringente meio cítrico em algo que não deveria ser assim, são produtos tomáveis.

A cor das três infusões é praticamente a mesma (contrariando a expectativa): um vermelho vivo, às vezes puxando um pouco para o magenta, que é tão bonito que resolvi fazer um vídeo mostrando como se dá a distribuição de cor na água quente através do saquinho. Aqui está:





Onde comprar? Em supermercados, mercadinhos e mercearias de todo Brasil (imagino).

E lembre-se: infusões de frutas não são chás (saiba mais).

11 de outubro de 2012

Receita: Cookies de aveia e chocolate

Me revoltei contra biscoitos de supermercado - acho 80% ruins demais e 20% caros demais (podendo também ser ruins), então ali por abril comecei a fazer cookies (biscoitos, biscuits, bolacchas, enfim...) em casa. Daí acabei desenvolvendo algumas receitas por mim mesmo e esta é uma delas. Combina bem com um chá preto encorpado, puro ou com leite - e também fica ótimo só com leite gelado.


Cookies de aveia e chocolate

1 xícara de aveia
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
3/4 xícara (chá) de açúcar mascavo
5 1/2 colheres (sopa) de chocolate em pó
1/2 colher (chá) de canela em pó
7 colheres (sopa) de margarina sem sal

O bom é juntar todos os ingredientes secos, misturar, e então acrescentar a margarina e ir amassando até formar uma massa seca, mas que não desfarele. Geralmente eu acrescento um pouco mais de margarina no fim (algo em torno de 1/2 colher). Não pode ficar muito úmida, para os cookies não achatarem no forno.

Faça biscoitos do tamanho que desejar (eu gosto grande), em formato de bola achatada, com uma distãncia de uns 2 centímetros entre cada. Leve ao forno (bem) pré-aquecido e deixe lá por uns 30 minutos. Rende 12 cookies grandes.



* Geralmente uso aveia em flocos da marca Soberana, cujos flocos não são muito grandes. Mas já usei aveia em flocos finos e grossos de outras marcas e não houve grande diferença no cookie.

* Por algum mistério químico, os cookies ficam duros se for usado fermento químico ao invés de bicarbonato. Portanto, te digo: use bicarbonato!

* Iniciei esta receita fazendo com chocolate em barra ralado - mas dá um trabalho do cão. Se você quiser ter trabalho, em torno de 70g de chocolate meio amargo ralado dá um bom resultado.

* Só dá para usar chocolate em pó Nestlé ou Neugebauer. Todos os outros que testei (Garoto, CBS, Valore, Bom preço, que são as opções por aqui) deram resultados medíocres porque são medíocres.

* Sempre usar margarina com alto teor de lipídios - sim, mais gordura; só assim vai funcionar direito - por exemplo: Doriana, Delícia, Qualy...

* A fôrma que tenho usado (porque é a maior) acumula muito calor e alguns biscoitos queimam em baixo. Neste caso, não faz mal que queime um pouco - até colabora para o sabor.



10 de outubro de 2012

O que é chá

Um post para juntar informações. Abaixo estão os links para os textos sobre os tipos dos chás que já publiquei aqui no blog. Mas também gostaria de rever o assunto básico: o que é chá.

Como já falei, chá vem de uma e única planta: Camellia sinensis; assim como o café vem do cafeeiro (Coffea sp.) e o guaraná vem do guaranazeiro (Paullinia cupana Kunth). Portanto, o chá é um produto originado de tal planta, e só dela: pode ser feito com as folhas, brotos e/ou galhos, dependendo do chá que se deseja.

Tudo que não é chá, é apenas uma infusão de algo (infusão é deixar alguma coisa em água quente para dela se extrair sabor, cor, propriedades etc). Chá, a bebida já pronta, é também uma infusão - uma infusão das folhas de chá. Mas o que não vem da Camellia sinensis (e não é chá) não se transforma em chá só porque passou pela água quente.

"Chá" não é sinônimo de bebida feita com água quente. Juntar folhas de hortelã e fazer infusão não a transforma em chá - você só faz uma infusão de hortelã. Chá é o que vem da Camellia sinensis e a infusão dela resultante.

A planta do chá (sempre quis usar esta ilustração)


Portanto, chá (o que vem da Camellia sinensis) é chá mesmo se for em saquinho, em folha inteiras, folhas quebradas ou misturado com alguma outra coisa (no caso, seria um blend). Chá é chá mesmo antes de passar pela infusão, mesmo ainda na lavoura (o pé de chá, as folhas de chá).

Obviamente se chama chá de forma generalizada a tudo que é infuso - nada contra, mas não é tecnicamente "correto" e aqui no blog só trato como chá aquilo que é chá.

Deixando isso esclarecido - já que já me perguntaram algumas vezes - deixo aqui links para os textos sobre os tipos de chá (as suas "cores"):









8 de outubro de 2012

Tupi + Twinings: o meu blend

Não consegui me adaptar ao Earl Grey Twinings, infelizmente. É um chá super famoso na Inglaterra, dos mais tomados por lá, e sempre achei interessante ser (como todo earl grey) um chá preto aromatizado com óleo de bergamota. Mas eis que na hora de beber, não foi nada do que eu havia idealizado. Aliás, só um aviso: não é bergamota-tangerina-mexerica, é bergamota italiana, algo que deixa um sabor mais puxado para o limão. Cítrico, um tanto adstringente, me lembra muito sabonete, parece que estou bebendo detergente líquido. Não funcionou comigo, não consegui beber meia xícara nas minhas tentativas, apesar de ter um aroma perfumado sensacional, que extrapola a lata - tive que deixar separado dos outros chás para não "contaminar". Deixei assim alguns meses depois que a Márcia me trouxe do Uruguai, somente usando para fazer (bons) biscoitos, cuja receita publicarei por aqui em breve.

Daí há alguns dias tentei fazer um blend de chá preto puro com o earl grey. Ia tentar com o Qimen, mas pensei que um chinês não ia funcionar bem. Pois certei: o chá Tupi funcionou perfeitamente.


Chá Tupi é produzido em São Paulo, é um chá preto que vem com as folhas soltas na embalagem de 100 gramas (único chá preto que não é de saquinho que encontra-se nos supermercados em Porto Alegre - e só em alguns Zaffari). Não tem 20% do glamour de um earl grey Twinings, nem a mesma qualidade de um bom chá gourmet, mas é um passo além dos chás de sachê - as folhas não são tão moídas quanto os pozinhos que vem nos sachês, tem mais sabor, um aroma discreto mas bem perceptível e é mais encorpado. (Não consegui informações sobre o chá - sempre quis saber mais e logo que iniciei o blog escrevi para a empresa, mas ninguém respondeu...).



A combinação dos dois resulta num chá suave, levemente cítrico, com o sabor de bergamota italiana se revelando ao final. Assim acho bom, é o chá preto que venho tomando nas últimas duas semanas: meia colher (chá) de cada um para uma xícara de 220ml por dois minutos. Para fazer uma segunda infusão aproveitando as mesmas folhas eu acrescento mais um pouco de Tupi (ele sozinho não é bom para re-infusionar, então dou essa ajudazinha com folhas novas). Pode acrescentar o dobro de chá Tupi e colocar um pouco de leite - fica ótimo também.

Na imagem pode-se achar que as folhas do Tupi são semelhantes às do Twinings, mas na verdade o chá brasileiro é picotado, o que o deixa todo em pedacinhos iguais que não ultrapassam 4 milímetros. Já o Twinings é feito de folhas inteiras (embora quebradas), o que faz com que no meio de muitos pedaços pequenos encontrem-se outros de 10 até 15 milímetros também.

Atualização: O chá Tupi é plantado e processado pela Amaya (leia sobre o chá preto Amaya aqui), eles vendem também só com a marca Amaya e fornecem para a empresa que embala e vende como Tupi.

3 de outubro de 2012

O que é chá vermelho (ou não)


Eis que me deparei há uns tempos no supermercado com uma caixinha de chá em saquinho dizendo ser chá vermelho. Fui olhar para ver do que se tratava, pois chá vermelho por aqui, pensava eu, poderia ser duas coisas: rooibos ou chá preto (que na China chamam de vermelho). Mas não, para minha surpresa era pu-erh!

Primeiro que meu espanto total foi saber que existe pu-erh (da marca Chá Prenda, no caso) sendo vendido em saquinho por R$ 4,00. Segundo, saber que, pelo jeito, esse pu-erh é produzido no Brasil, na cidade de Senador Salgado Filho, aqui no Rio Grande do Sul (o que eu acho ótimo, se for feito direitinho). Terceiro, claro, ver que pu-erh está sendo identificado como chá vermelho. Diz assim na caixinha:

"O Chá Vermelho é popularmente conhecido na China como Pu-erh, proveniente da planta Camelia Sinensis."

Opa, mas isso não está correto! Repito: Chá vermelho, na China, é o que conhecemos aqui como chá preto. Chá preto, na China, é Pu-erh. CHÁ PRETO, não vermelho. Pu-erh, no ocidente, também tenta ser conhecido como "chá escuro" (dark tea), para não confundir. Não é bom chamar "errado" e colocar a culpa no chinês...





No entanto esta marca não é, agora já sei, a única que difunde o nome "vermelho" de forma "equivocada". Pesquisando um pouco na internet encontramos muitas algumas outras referências a esta troca de nomes e tipos (assim como encontramos outra marca que vende chá vermelho como sendo oolong). Muitos desses produtos em países de língua espanhola- em inglês e francês ainda "chá vermelho" se refere a rooibos.

Dr. Oetker também vende um chá vermelho e, embora não o identifique, faz uma distinção entre ele e o chá preto, e fala de um longo processo de fermentação - ou seja: pu-erh; eu mesmo já provei um pu-erh em saquinho uruguaio chamado "té rojo" (chá vermelho em espanhol).

Bom, me parece, a estas alturas, que pu-erh vai ficar sendo chamado por aqui de vermelho. Até por isso usei aspas no parágrafo anterior ao falar do nome "equivocado": se todos chamam de algo, acaba sendo este seu nome (como aconteceu com o chá preto). Mas é bom que se saiba que esta não é a nomenclatura original, e que há outras possibilidades de chás com o mesmo nome de cor. Portanto, chá vermelho pode ser tanta coisa, já que pode ser qualquer negócio, que é bom ver do que se trata antes de comprar, provar ou falar mal.

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(Não sabe o que é pu-erh? Já falei mais sobre este tipo de chá fermentado - e por vezes envelhecido - aqui no blog, é só ver os posts que tratam deste assunto: chá pu-erh).

Para comprar o autêntico pu-erh, recomendo a Chá Yê. Encomende pelo site: http://chaye.com.br/loja.php
                                                                                                       

30 de setembro de 2012

Chás em saquinho - Provando uns importados

Primeiro texto com chás em saquinho é hoje. Alguns me foram presenteados por esses dias e aqui estão algumas impressões:



Premium Darjeeling - Teekanne (marca alemã) - Tinha achado este bem ruim preparado com as instruções que vieram na embalagem (3 minutos em água fervente). Mas daí resolvi tirar o pó do chá do saquinho (o sachê aparenta ter boa qualidade, mas deixa passar pouco chá; demora uns 2 minutos para a bebida ganhar cor). Fazendo  infusão só com o pó, sem o sachê, por 1 minuto, até fica aproveitável. Suave, não amargo, até um pouco docinho, é uma opção decente para se tomar, apesar de também poder ser ignorado sem fazer muita falta. Olhando os 1,75 gramas que vêm dentro do saquinho pode-se muito bem duvidar da qualidade "Premium": parece que de tudo foi moído junto com as folhas -  galhos e qualquer coisa que venha junto na colheita mecanizada sem critério, além de claramente picotes de folhas não oxidadas (o que deve ser a intenção, inclusive, porque alguns Darjeelings têm essa variedade de cores nas folhas, então ok).



Te Importado - Hornimans (marca inglesa - ou equatoriana, não entendi - importada por uma empresa do Uruguai) - Na embalagem individual, não diz que tipo de chá é (mas é preto). Realmente não é ruim, é o segundo melhor desses de que falo hoje. Encorpado, apesar de não ter muito sabor. Cada sachê tem 2g de chá, q deixei por 1 minuto na água quente.



Té Rojo - La Selva (Uruguai) - Primeiro Pu-Erh em saquinho que provo. O aroma antes e depois da infusão é característico do tipo de chá, apesar de bem tímido. Encorpado também, mas nada de sabor - quase não tem gosto. Tem uma cor vermelho bem escura, que parecia prometer algo, mas não cumpriu. Contém 1 grama, que deixei em infusão por mais de 2 minutos.



Yellow Label - Lipton (Grã-Bretanha) - Um chá preto também ignorável e sem graça. Sachê do mesmo tipo do Darjeeling (duplo), com 2 gramas. Deixei em infusão por 1 minuto ou um pouco mais (as instruções dizem de 1 a 2 minutos).




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