30 de setembro de 2012

Chás em saquinho - Provando uns importados

Primeiro texto com chás em saquinho é hoje. Alguns me foram presenteados por esses dias e aqui estão algumas impressões:



Premium Darjeeling - Teekanne (marca alemã) - Tinha achado este bem ruim preparado com as instruções que vieram na embalagem (3 minutos em água fervente). Mas daí resolvi tirar o pó do chá do saquinho (o sachê aparenta ter boa qualidade, mas deixa passar pouco chá; demora uns 2 minutos para a bebida ganhar cor). Fazendo  infusão só com o pó, sem o sachê, por 1 minuto, até fica aproveitável. Suave, não amargo, até um pouco docinho, é uma opção decente para se tomar, apesar de também poder ser ignorado sem fazer muita falta. Olhando os 1,75 gramas que vêm dentro do saquinho pode-se muito bem duvidar da qualidade "Premium": parece que de tudo foi moído junto com as folhas -  galhos e qualquer coisa que venha junto na colheita mecanizada sem critério, além de claramente picotes de folhas não oxidadas (o que deve ser a intenção, inclusive, porque alguns Darjeelings têm essa variedade de cores nas folhas, então ok).



Te Importado - Hornimans (marca inglesa - ou equatoriana, não entendi - importada por uma empresa do Uruguai) - Na embalagem individual, não diz que tipo de chá é (mas é preto). Realmente não é ruim, é o segundo melhor desses de que falo hoje. Encorpado, apesar de não ter muito sabor. Cada sachê tem 2g de chá, q deixei por 1 minuto na água quente.



Té Rojo - La Selva (Uruguai) - Primeiro Pu-Erh em saquinho que provo. O aroma antes e depois da infusão é característico do tipo de chá, apesar de bem tímido. Encorpado também, mas nada de sabor - quase não tem gosto. Tem uma cor vermelho bem escura, que parecia prometer algo, mas não cumpriu. Contém 1 grama, que deixei em infusão por mais de 2 minutos.



Yellow Label - Lipton (Grã-Bretanha) - Um chá preto também ignorável e sem graça. Sachê do mesmo tipo do Darjeeling (duplo), com 2 gramas. Deixei em infusão por 1 minuto ou um pouco mais (as instruções dizem de 1 a 2 minutos).




27 de setembro de 2012

Termômetro para chá

Um dos pontos básicos para se preparar um bom chá é a temperatura de água correta. A temperatura não apropriada para determinado chá pode arruinar o sabor da infusão. Alguns pedem temperaturas altas, outros mais baixas, variando, digamos, de 65° C a 100° C. Neste intervalo, como saber quando a água chegou onde desejamos? Maneira simples: um termômetro.

Comecei a fazer chá imaginando as temperaturas da água (hum, ok, fez 10 bolhas, está em 90°C). E ficava curioso para saber se eu estava imaginando certo. Daí decidi que precisava de um bom termômetro. Existem termômetro digitais, termômetros por infravermelho e os termômetros básicos, com líquido que vai subindo (ou descendo) até a indicação dos graus. Pesquisei, pesquisei e comprei o mais barato antes de tentar um outro. Comprei este básico, com líquido vermelho, por R$ 10,00 na loja Severo Roth (minto, não comprei, na verdade ganhei).


E ele é bom. Demora alguns segundos para mostrar a temperatura correta e é um trambolho (tem 26cm e vai até 150° C), mas funciona exatamente para o que preciso. Coloco ele no bule que vai ao fogo para monitorar o aquecimento da água. Quando chega na temperatura correta posso fazer a infusão.

Quase nunca uso ele na xícara - já que não vi muito serventia nisso; mas colocar na xícara é bom para poder ver quando a temperatura do chá já está apropriada para beber (no meu caso, por volta dos 65°C).

Aliás, ele é um termômetro para chimarrão - assim é identificado na embalagem (que não consegui encontrar para fotografar mas pode ser visualizada no site da Incoterm). Na embalagem diz que a temperatura ideal para a água do chimarrão é 73° C. Assim sim. Tenho trauma de tomar chimarrão e queimar a língua.

20 de setembro de 2012

Tomando chá: Rou Gui

Na confusão que se formou desde o início de agosto porque tive que me mudar, até tomar chá acabei deixando de lado muitas vezes. Vários dias com pressa por causa da mudança, tentando ainda, no meio de tudo, trabalhar e atender clientes, não eram propícios a uma boa apreciação de chá. Mas, sempre que tinha um tempo mais calmo, eu ia lá e preparava uma boa xícara. Muitas vezes preparei - e tenho preparado - o Rou Gui do Chá Yê que tem sido meu companheiro mais assíduo por essa época.

Ele é um oolong rochoso (rock oolong, rock tea ou yan cha), ou seja, cultivado nas áreas montanhosas de Wu Yi, província de Fujian, na China. Leva o nome de uma planta, a Cássia (rou gui em mandarim), que dá origem à flor de mesmo nome e à Canela da China, já que, dizem, seu aroma e sabor tem a ver com tal planta. Não sei, nunca vi uma Cássia na vida, mas posso dizer que ele tem um sabor - torrado, um pouco amadeirado e adocicado - fantástico. As notas torradas é que me chamaram mais a atenção - um sabor queimado que não retira dele a complexidade.


As folhas secas não têm assim um aroma dos mais convidativos, mas o a roma da infusão pronta é sensacional, bastante convidativo, me lembra chocolate derretido para fondue. As folhas parecem torcidas e são bem marrons, e, depois de passar pela água quente, ficam lindas, não se desmancham nem abrem, permanecem ainda enroladas e elegantes, deixando transparecer um pouco de verde.

O Rou Gui é um chá muito acolhedor, que me traz uma sensação bastante confortável. Levando em consideração as instruções de preparação que vêm na embalagem (deixar em infusão por 1 minuto em água a 100°C) faz três infusões excelentes, aumentando 30 segundos a cada uma, das quais geralmente eu prefiro a terceira. Porém, tenho preferido fazer com água não tão quente (uso com 90°C) e deixando em infusão inicialmente por 2 minutos, aumentando também 30 segundos nas subsequentes, assim eu consigo um sabor mais acentuado na primeira, que vai ficando mais suave e floral até a terceira.



O João campos, lá do Chá Yê, quando perguntei a ele sobre o chá, me escreveu o seguinte: "É um chá super especial, feito pelo Liu Guo Ying, um cara premiadíssimo em Fujian e que realmente faz um trabalho cuidadoso. O Rou Gui tem uma torra média e um sabor bem complexo. A torra não tão longa faz com que notas florais fiquem mais acentuadas, mas isso sem perder a força do "queimado" e a complexidade de um aftertaste longo e adocicado. "

Já entrou para minha (pequena) lista de chás prediletos.


O que:  Rou Gui 2011/ Chá oolong
De quem: Chá Yê / São Paulo
Para comprarwww.chaye.com.br
1ª infusão: 1 col. (chá) em 1 xícara (220ml) por 2 minutos aos 90° C, aumentando 30s a cada nova infusão.




15 de setembro de 2012

Os tipos de chá

Aí estão links para os textos já publicados no blog sobre cada um dos tipos de chá (as suas "cores"). Antes você pode ler o texto básico sobre o que é chá aqui. Eis os tipos chás (falta por enquanto só o amarelo):







Temos todos os tipos aqui, menos o chá amarelo, que é um chá pouco produzido e, apesar de já ter provado ainda não tive tempo de pesquisar informações completas sobre ele.

O Chá pu-erh é chá envelhecido ou fermentado. E é um dos mais interessantes, embora eu ainda não tenha dado muito sorte


12 de setembro de 2012

Uma pausa inesperada

Pois então, deixei o blog aqui sem atualização por mais de um mês. É o que acontece com blogs: eles existem para serem deixados de lado em certos momentos. Escrever aqui veio junto com minha entrada no universo dos chás, e fazia parte do meu cotidiano, assim como saborear três ou quatro xícaras por dia.

Mas realmente tudo acabou se bagunçando no início de agosto, quando tive que me mudar. E mudanças mexem com tudo, com o cotidiano e com a paciência da pessoa. Até se acostumar na nova casa não é fácil, tentar instituir os velhos (e os novos) hábitos em um novo local, com novas dimensões, novas luzes e novos sons leva um tempo.

E agora, pouco mais de um mês após a mudança, já consigo estabelecer novas diretrizes e vou aos poucos voltando ao universo dos blogs e dos chás.

Não fiquei sem experimentar meus chás, porém com os vários problemas levantados com as mudanças (de casa e local de trabalho), tudo ficou meio um caos momentâneo. Tentei deixar esse caos acalmar para eu poder escrever com a calma devida. Nem tudo acalmou ainda e eu realmente preciso me focar no trabalho (o que nem sempre é fácil ultimamente), mas tentarei também dar atenção aqui ao blog e às experiências boas que dele surgem.

Espero poder publicar algo em breve.



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