15 de julho de 2014

Tomando chá preto Amaya

O Brasil não é reconhecido como um grande produtor de chá, o que se produz (principalmente no estado de São Paulo, mas até aqui no Rio Grande do Sul se planta a Camellia Sinensis) geralmente são chás de baixa qualidade, dos quais se faz um pó que é vendido em saquinhos de preço barato. Às vezes temos algumas excessões a este mercado que nivela por baixo, e o chá Amaya é uma dessas excessões.

Produzido na região de Registro, em São Paulo, o chá preto Amaya se destaca por ser um chá preto com sabor, aroma e personalidade, vendido em embalagens de 100 e 250 gramas com folhas soltas. Não são folhas inteiras, como a maioria dos chás de qualidade que são motivo deste blog, são assim cortadinhas, e isso denota que é um chá mais simples do que os artesanais superiores da China, por exemplo, mas que funciona bem para quem gosta de uma bebida encorpada, que vai direto ao ponto; o sabor e o corpo lembra um english breakfast, com notas mais tropicais.


Ele é o único chá brasileiro citado no livro "The New Tea Companion", da Jane Pettigrew, uma das maiores conhecedoras de chá (ela diz que a infusão tem sabor que remete a biscoitos de coco, o que eu realmente não identifiquei, mas, né, se ela achou...). E é o mesmo chá que, embalado por outra empresa, é vendido como Chá Tupi - somente com uma diferença no tamanho do corte da folha, no tupi os "grãos" são um pouco maiores (já havia falado superficialmente dele neste post). Como propriamente chá Amaya no momento ele é encontrável em São Paulo e no Mercado Municipal de São Paulo, me disse alguém da empresa. E parece que em breve terão no catálogo também um chá verde.

Cheguei ao melhor preparo usando 1 colher (chá) de folhas para 200ml de água por volta dos 85ºC  e deixando em infusão por 3 minutos (seguindo orientações do site - geralmente chá preto se faz com água quase fervente, mas, no caso, água mais quente deixa ele um pouco adstringente). É um bom chá para quem gosta de adicionar leite (eu tomava assim antigamente). E funciona muito bem como base de blends de chás quentes (como no post já citado) e gelados.

Mais informações: http://helioamaya.com.br


6 de julho de 2014

Receita: Muffins integrais de cacau e especiarias

Que tal muffins para o chá da manhã e também para o chá da tarde? Pois comprei umas forminhas de silicone e fui inventar uma receita de muffins integrais - queria fazer com frutas, mas não tinha nada apropriado em casa, daí em pensei: hummm especiarias! Tenho um vidro de cravo em pó há meses aqui sem quase ter sido usado, então era isso. E ficaram muito bons, realmente, úmidos e saborosos. Só não é tão bom o trabalho que dá lavar as forminhas depois.


Muffins integrais de cacau e especiarias

1 xícara de farinha de trigo integral
1 xícara de farinha de aveia
1 xícara de açúcar mascavo
2 ovos
Pouco menos de 1/2 xícara de óleo vegetal
1 xícara de leite
1 col (sobremesa) de fermento químico
3 col (sopa) de cacau em pó
1/2 col (chá) de cravo em pó
1/2 col (chá) de canela em pó
1/2 col (chá) de noz-moscada

É fácil: bata tudo de uma só vez. Coloque a massa nas forminhas quase até encher (ou encha se preferir aquele look de bolinho crescido pra fora) e leve ao forno por uns 45 minutos. Rende aproximadamente 14 bolinhos.


- Usei leite sem lactose e óleo de girassol.

- Não necessariamente precisam ser estas especiarias para a receita - por exemplo, cominho e pimenta da jamaica também combinam com essas coisas; noz-moscada não é necessária e a canela pode até ficar de lado - só acho que o cravo, sim, cai muito bem com o sabor e a textura que dá a farinha de aveia.



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